segunda-feira, 21 de junho de 2010

A casa das dançarinas mortas

José era um viúvo, nascido no Brasil, que morou cinco anos nos Estados Unidos. Mas, que depois da morte da sua esposa americana, decidiu voltar para Curitiba, sua terra natal. Assim ele, seu filho Peter, de quatro anos e o cachorro Rex vieram para a capital do Paraná. Logo, José comprou uma mansão, localizada num bairro nobre desta cidade. Quando o viúvo arrumou a sua mudança, ele saiu da sua nova casa para dar uma volta no bairro. Porém, ele notou uma coisa estranha: os seus vizinhos olhavam de uma maneira esquisita para ele. Naquela noite, este homem teve um sonho diferente: Ele sonhou que ao entrar em sua mansão, viu lindas mulheres dançando na casa. Mas, de repente, chegou uma velha vestida de bruxa e degolou todas. José acordou no meio da noite, angustiado e com falta de ar. Na noite seguinte, o viúvo teve um sonho parecido: Ele sonhou que entrou na casa e viu as mesmas dançarinas acorrentadas. Mas, ao ver este fato, a única bailarina que estava livre pediu para que ele fosse ao sótão, porém ele negou e a moça começou a chorar. Novamente, José acordou muito angustiado. Mas, no dia seguinte, ele teve uma idéia: dar uma olhada no sótão, já que o porão e o sótão foram os dois lugares que ele não revistou antes de comprar a mansão. Ao entrar no sótão, José viu objetos antigos cobertos com capas brancas. Ao tirar as capas destas coisas, ele viu objetos interessantes: aparelho de som dos anos 70; rádio de madeira; discos de vinil e estatuetas velhas. Ao abrir o armário deste sótão, o viúvo viu diversos tipos de fantasias, várias roupas íntimas e um embrulho no fundo deste guarda – roupa. Então, ele desembrulhou o pacote e viu que dentro dele havia um caderno velho. Ao abrir este caderno, ele notou que se tratava de um diário. Assim, ele leu a primeira página que dizia: 2 de Outubro de 1978 Saí do interior para trabalhar neste local desconhecido. Eles querem me obrigar a fazer coisas que não quero. Mas, agora, não posso escapar, pois há vigias e cachorros lá fora. Sei que não vai ser fácil, mas precisarei suportar isto. 3 de Outubro de 1978 Querem que mudem o meu nome de Maria das Dores para Jéssica, porque este último deve ser meu nome de guerra. Hoje, já me obrigaram a ter intimidades com um homem nojento. Não sei se agüentarei esta vida. 4 de outubro de 1978 Hoje, duas colegas foram torturadas na minha frente. A Daisy falou que a Sheila já matou outras garotas e que elas foram enterradas no quintal desta mansão, e, que existem esqueletos de mais mulheres no porão. Ao ler esta última parte, José sentiu arrepios e resolveu guardar o diário escondido no armário de seu quarto. Porém, enquanto ele estava guardando este objeto, ele escutou a voz do seu filho, correndo em direção ao seu quarto: - Papai! - Papai! Então, o viúvo perguntou: - O que houve, filho? Assim, Peter disse: - O Rex achou um osso enorme, quando estava escavando o quintal! Desta maneira, José indagou: - Cadê o Rex? Então, o menino disse: - Lá fora, no quintal! O viúvo correu até o quintal e viu que o cachorro carregava um fêmur na boca. Assim, José foi dormir com um ponto de interrogação na cabeça. Naquela noite, ele não teve pesadelos. Mas, pela manhã, ele foi acordado pela voz de seu filho, dizendo: - Papai! - Papai! - Você sabe o que a empregada, do meu amigo Paulo, falou? Então, José perguntou: - O que? Assim, a criança respondeu: - Ela disse que esta mansão foi uma casa de espetáculos e que a dona do estabelecimento matou as bailarinas e enterrou as pobres no quintal. Ao saber disto, o viúvo chamou a polícia, mostrou o diário da moça e o fêmur achado pelo cão. A polícia, realmente, achou corpos enterrados no quintal da casa e, também, achou esqueletos acorrentados no porão. Assim, tudo se esclareceu: José ficou sabendo que aquela mansão foi um lupanar, em que a dona obrigava as garotas de programa a passarem as maiores humilhações, sem receberem salário nenhum e quando uma delas se rebelava era morta e enterrada no quintal desta boate.

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