segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O fantasma do degolador de bonecas

No final dos anos sessenta, um maníaco apavorava o interior do Paraná. Ele agia desta maneira: quando uma menina estava sozinha na residência, ele entrava nesta casa, matava a criança e depois tirava as cabeças de todas as suas bonecas. Este bandido, para escapar da polícia, vivia mudando de cidade. Reza a lenda que, certo dia, o delegado Argeu prendeu este meliante e o levou para a cadeia. Mas, de dentro da prisão, o marginal escreveu uma carta para Verinha, filha de Argeu, onde estava escrito: “-Invadirei a sua casa e arrancarei a cabeça das suas bonecas, nem que eu faça isto depois de morto!” O pai da garota soube disto, porém mesmo reforçando a vigilância no presídio as correspondências ameaçadoras não paravam de chegar. Verinha passou seis meses recebendo estas missivas desagradáveis, em sua residência, localizada na cidade de Curitiba. Até que, numa certa madrugada no meio de uma discussão, os outros presos mataram o maníaco. No dia seguinte, Verinha e seus pais foram passar alguns dias no litoral paranaense. Mas, quando voltaram, a menina foi diretamente para o seu quarto e viu que todas as suas bonecas estavam sem as cabeças. A família vasculhou a casa para verificar se algo foi roubado. Porém todos os objetos estavam em seus devidos lugares e não havia sinal de arrombamento. Para Dona Maria quem degolou as bonecas da neta foi o espírito do psicopata que morreu na cadeia e jurou vingança. Baseada nesta estória, ela sempre me falava: “-Cuidado com os brinquedos que você coloca nesta casa. Pois o fantasma do assassino degolador de bonecas pode arrancar as cabeças delas.”

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