quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A casa amaldiçoada

Em 1998 minha irmã casou-se e passou a morar com seu marido em um quartinho nos fundos de casa. Após seu casamento, aconteceram muitos desentendimentos dentro de casa que envolvia sempre minha irmã e meu cunhado. No carnaval de 1999 houve uma terrível discussão dentro de casa envolvendo todos, exceto eu e meu irmão, por que havíamos comprado mesas num clube para passar o carnaval e a discussão girou em torno de uma amiga de minha irmã que foi convidada por nós a ir ao clube também e meu cunhado era contra. A partir daí o clima em casa ficou de mal a pior, a família ficou dividida. Uns não falavam com outros. Mas tudo terminou quando a cadela mais querida da casa (tínhamos duas) encontrou um pratinho de queijo com chumbinho na cozinha e comeu, morrendo duas horas depois. A empregada esqueceu-se de pôr o pratinho de volta embaixo do fogão e deu nisso. Foi uma tarde inteira de choradeira dentro de casa. Assim todos se tocaram do clima ruim que estava em casa. Foi feito uma limpeza astral com todos em casa usando rituais do candomblé (meu cunhado é filho de santo), terminando assim o clima ruim dentro de casa e voltando a paz. Isso aconteceu no fim de fevereiro de 1999. No início desse mesmo mês minha mãe acordou de madrugada e viu sentado na sua cama um homem negro e forte que lhe disse "-vou levar um dessa casa". Minha mãe tentou gritar, não conseguiu. Não falou nada a ninguém pra não despertar pânico. Meu cunhado sonhou com esse mesmo homem, só que com olhos de fogo. No sonho ele falava com uma conhecida de meu cunhado e ela dizia algo como "-vou destruir". Chegamos a conclusão que o clima ruim teria sido um trabalho encomendado por uma ex-amante de meu cunhado depois de ter se casado com minha irmã e que o homem negro que minha mãe e meu cunhado viram, de certa forma tentou levar uma pessoa da família, não conseguiu e levou a cadela mais querida da família. Nunca acreditei em "macumba", mas daí pra cá sou muito desconfiado com essas coisas. Compramos outra cadela pra consolar minha outra irmã, dona da cadela que morreu envenenada. Dois anos depois as brigas voltaram. Às vezes eu acordava ouvindo vozes, parecia uma grande multidão conversando ao mesmo tempo. Não conseguia me mover. Quando eu acordava de verdade elas sumiam. Mudamos de casa. Nunca mais tive isso. As brigas cessaram. Percebi que isso só acontecia nessa casa. Parece que ficou amaldiçoada após os episódios citados acima.

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