sexta-feira, 29 de julho de 2011

Saudade

Os dias passam lentamente...
Enfim, o pesadelo vai se afastando
dando passagem às lembranças
que de saudade vão se vestindo
e no vazio da alma se imbuindo...
Antes nua...agora envolta de recordações.
Não chegam a doer, nem a retroceder,
marcam presença, lembram ausência,
fazem sorrir...momento indescritível
ou chorar...fato irreversível.
Resta-me a saudade...
Mesmo sem a querer ela invade,
pensa que pode suprir o lamento,
reverter o acontecimento
já sacramentado, injuriado...
Fantasia instantes que quero esquecer,
realidade que encaro sem compreender,
torpedo lançado sem mais nem porquê,
inesperado, abrupto, cai sem se prever.
Faz parte da vida...e pergunto:Por quê?
Saudade, fique...me resta você...
Não me iluda, nem desiluda.
Faça-me esquecer...

Nenhum comentário:

Postar um comentário